Para transmitir este conceito que pode mudar a sua
vida eu preciso fazer outra pergunta antes; e é a seguinte:
Você sabe o que é uma crise?
A primeira coisa que devemos saber para não sermos
mais afligidos por esta palavra que está tão na moda atualmente é o que de fato
é uma crise, vamos fazer isso de maneira básica em seguida.
Há uma coisa que todos nós precisamos compreender
para estarmos prevenidos antecipadamente, e é que no mundo existe tempo para todas as coisas;
em alguns destes tempos os recursos do
planeta, embora totalmente abundantes, mudam de lugar e as "colunas da
terra", o Status Quo, é modificado (às vezes parcialmente, às vezes
completamente); são tempos em que as coisas mudam de forma e, ou, de conteúdo;
os governos mudam, as políticas mudam, as tecnologias mudam, os rumos da
humanidade mudam, as estruturas de poder mundiais mudam e até a natureza muda.
Tudo é alterado.
Obviamente, e graças a Deus, que estas coisas não acontecem todas ao
mesmo tempo porque se assim fosse o planeta seria mergulhado em um caos sem
precedentes, embora, em menor grau elas estejam sempre
acontecendo simultaneamente; mas geralmente não é algo perceptível para a
maioria de nós seres humanos. Estes momentos de mudança são cíclicos, ou
seja, costumam acontecer repetidas vezes em períodos de tempo através da
história da humanidade e alguns são potencializados ou retardados também de
acordo com as escolhas que a humanidade toma cotidianamente; porém, o fato é que
quando uma destas mudanças se aproxima de seu momento de ápice acontece aquilo
que nós chamamos de crise.
Antes de prosseguir quero fazer uma distinção clara, para que você
entenda o que exatamente estamos falando e para isso vou lhe dar duas definições
importantes. Então a partir de agora compreenda que uma crise significa:
1: Manifestação repentina da ruptura do
equilíbrio;
(Financeiro, social, ambiental, afetivo, político, emocional,
existencial, familiar, profissional, de saúde, espiritual e etc...)
2: Um momento que define a evolução de
alguma coisa, para melhor ou para pior.
E isto também se aplica para todas aquelas áreas citadas logo acima.
Para que fique completamente claro e não reste qualquer dúvida; entenda
que:
Quando, por qualquer motivo, surge uma ruptura no equilíbrio da
estrutura financeira de uma pessoa, ou de uma instituição, ou de uma empresa,
ou de um governo; de maneira forte e repentina (embora as variáveis que levem a
esta ruptura venham se desenvolvendo através do tempo). Este é um momento de
crise; ou seja, este é o momento que vai definir a evolução financeira de quem
estiver envolvido, seja uma pessoa, uma instituição, uma empresa ou um governo;
para melhor ou para pior. Ela pode se endividar e até mesmo falir completamente
ou pode melhorar a administração e se tornar segura e sustentável. Ela pode se
fortalecer ou se enfraquecer; crescer ou morrer.
Nesta postagem vou falar mais especificamente da questão
financeira e de uma forma que vai lhe tornar imune a grande maioria das
chamadas crises nesta área.
A maioria absoluta das pessoas vive sempre no limite de sua capacidade de se manter, ou seja; o que a pessoa ganha é o mesmo que ela gasta, e isso na melhor das hipóteses, porque há aqueles que constantemente gastam mais do que ganham; logo, ao menor sinal de instabilidade econômica, política e financeira estas pessoas tendem a passar por algumas turbulências e até por certas dificuldades que podem ser leves, moderadas ou mesmo severas. Mas com uma atitude simples, e constante, uma pessoa, pode passar pelos momentos de crise de forma segura e até confortável, sem extravagâncias, mas também sem ser afligido pelas mudanças que uma crise provoca.
E como fazer isso?
Se você não quer mais ser atingido por todos os momentos de turbulência e instabilidade financeira deste país precisa economizar uma parte de tudo aquilo que você e sua família produzem durante alguns anos para que essa reserva o sustenha caso surjam ocasiões de crise (por ex: Perda de emprego, instabilidade econômica ou imprevistos de outra natureza que demande gastos não programados, além do seu orçamento habitual). Agora as perguntas que devem ser feitas são:
Qual é o seu número de segurança?
Quanto precisa economizar?
Qual montante você precisa para tornar-se imune as chamadas crises?
Faça a você mesmo estas perguntas, mas para ajudar saiba que uma conta simples responde tais questões.
Suponhamos que uma pessoa tenha um gasto mensal de 4.000 reais ao mês para manter seu estilo de vida; sua casa e família, incluindo aí aluguel ou prestação de imóvel, contas diversas de luz, água, telefone, internet etc; mercado, gasolina prestação de carro e ou outras. O que esta pessoa precisa fazer para atravessar momentos de crise é economizar o equivalente a seus gastos totais por um período definido que pode ser de pelo menos seis meses, 1 ou 2 anos daquele valor cheio de 4.000 dos gastos mensais e mantê-lo em um lugar onde possa ser resgatado facilmente caso seja preciso; uma poupança, por exemplo. Então se uma pessoa gasta 4.000 reais ao mês com a manutenção confortável de sua família ele precisa economizar entre R$ 24.000 que equivale a seis meses de suas despesas, R$ 48.000 que equivale a um ano de todas as suas despesas e ou R$ 96.000 que equivale a dois anos. Agora cada um faça o seu cálculo pessoal para determinar qual é o seu valor.
E por que fazer isso?
Uma economia de segurança provê tranquilidade em épocas de mudanças, crises. Pense por um momento: Se algo acontecesse hoje e você perdesse suas fontes de renda, por quanto tempo você conseguiria se manter vivendo no mesmo padrão?
Muitas pessoas nunca se fizeram esta pergunta, e pior, nunca edificaram
para si e sua família uma reserva financeira de segurança; é por este motivo
que a maioria da população sofre ao menor sinal de crise; são pessoas que se
acostumaram a viver sempre no fio da navalha, não podem nem espirrar, porque se
o fizerem, dívidas se amontoarão em suas costas. Nunca subestime a força de uma economia.
Agora imagine por um instante que você possui o equivalente a dois anos de todas as suas despesas já economizadas e por algum motivo surge um momento de insegurança financeira, o quão bem você se sentirá sabendo que na sua vida não haverá incertezas, ou seja, todas as suas contas já estarão asseguradas por seis meses no mínimo. Não haverá desespero, nem ansiedade, nem estresse, nem dívidas na sua vida; só paz e tranquilidade; enquanto outros estarão lutando para sobreviver como costumamos ver em momentos de crise, atolados em despesas, sufocados por dívidas, afligidos pela dor das insegurança, incerteza e sob o peso da ansiedade e do estresse. Você terá conforto e liberdade. Só por isso já vale o esforço.
O que acontece mais comumente é que sempre que percebem que vai sobrar algum dinheiro as pessoas correm para comprar algo; trocam de smartphone, tablet, televisão, móveis, carro, roupas, acessórios etc... Ou encontram algo de "extrema necessidade", "só que não!", para adquirir; fazem de tudo para gastar de maneira pouco inteligente até o último centavo. Aprenda a investir na construção de segurança financeira primeiro e as demais coisas virão na sequência.
Tenha em mente que para você se tornar imune à maioria das crises financeiras, suas prioridades precisam mudar; seu alvo tem de deixar de ser o consumismo e deve passar a ser a edificação (construção) de um montante de segurança que vai lhe garantir tranquilidade, conforto e até certo grau de liberdade em tempos mais turbulentos. Sua prioridade não é trocar de carro, nem de telefone, nem de nada dessas coisas (a menos que elas quebrem ou por alguma exigência muito específica como motivos de trabalho por exemplo). Sua prioridade é economizar o valor correspondente à sua segurança antes de qualquer outra coisa e só depois disso passar para as frivolidades, desejos e recompensas de sua vaidade se assim o quiser. Você tem todo o direito de comprar tudo o que desejar, se puder pagar, mas só depois de estar financeiramente seguro. Além disso, garantindo sua segurança você poderá até, eventualmente, socorrer outros que estejam passando por algumas dificuldades.
Em um primeiro momento o valor total a ser economizado pode até parecer elevado, mas é extremamente necessário para que você adquira segurança para sua família e para você mesmo, além disso, cada pessoa terá um valor pessoal que pode variar de pessoa para pessoa ou de família para família, algumas pessoas solteiras e, ou, mesmo casados precisarão de muito menos dinheiro economizado para obter a mesma segurança e conforto; tudo vai depender do seu estilo e padrão de vida. Comece com pouco e seja constante, torne a economia um hábito, pois este hábito lhe trará muita tranquilidade em momentos mais instáveis.

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