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Veja a essência além das imagens e das aparências



Na maioria das vezes em que estamos distraídos, quando vemos uma rosa, olhamos apenas para a beleza dela, sentimos o seu perfume doce, somos seduzidos pela perfeição natural que ela possui e por causa de tudo isso, somado a nossa distração, não conseguimos enxergar adequadamente os seus espinhos; dessa forma, sem nos darmos conta, ficamos vulneráveis e muito mais propensos a nos machucar ao tentar tocar na rosa ou manuseá-la. Agora. Levando em consideração que o estilo de vida moderno foi concebido para distrair os indivíduos das mais variadas maneiras, substitua a imagem da rosa pela imagem de uma pessoa, situação, sonho, oportunidade, expectativa, ambição, paixão, desejo ou pela própria sociedade, e você perceberá claramente a forma com a qual as bilhões seres humanos estão sendo machucados, física e mentalmente nos dias atuais.

Tudo que está ao nosso redor; pessoas, coisas e situações, assim como os elementos dentro de nós, pensamentos, sentimentos, sonhos, emoções, ambições, desejos, paixões e etc... se apresentam a nós através de imagens aparentes, quer sejam imagens concretas (físicas) ex: Alguém chorando, pessoas abraçadas, uma rosa, nossos amigos, uma pessoa bonita; ou imagens mais abstratas (mentais), ex: O seu grande sonho, uma lembrança do passado, uma esperança para o futuro, as cenas de um romance que você leu.

Mas para que servem essas imagens?

Na sociedade moderna elas servem apenas para nos distrair de tudo o que é realmente importante; a verdadeira visão, a essência dos indivíduos, das coisas, das circunstâncias, da sociedade e da própria realidade. 

As pessoas normalmente olham apenas a imagem das coisas, mas os sábios enxergam o âmago, a essência, por trás delas. Se queremos construir uma vida realmente adequada a nós em todos os sentidos devemos, então, aprender a nos desapegar das imagens superficiais que estão, por toda parte, diante de nós, e passarmos a enxergar com clareza o que está escondido nas camadas mais profundas, seja no comportamento e nas palavras das outras pessoas, nas coisas que nos rodeiam ou nas situações nas quais estivermos envolvidos.

Naturalmente, nosso cérebro funciona através do uso de imagens mentais para praticamente tudo o que está relacionado à nossa vida, tal como também, foi desenvolvido para compreender o mundo que nos cerca através da aparência (conjunto de imagens) que o ambiente e a sociedade nos mostra por meio dos nossos cinco sentidos; porém, na época na qual vivemos atualmente essa característica mental que possuímos é uma das mais exploradas pela sociedade, para produzir todo tipo de ilusões e fazer os indivíduos mergulharem em fantasias pessoais, profissionais, emocionais, sentimentais, espirituais e muitas outras; principalmente se levarmos em conta a nossa exposição massiva e constante às redes sociais, nas quais as pessoas colocam toneladas de imagens da própria vida para criar uma aparência, geralmente fictícia, que impressione os outros; assim como as empresas usam essas mesmas ferramentas, e gastam bilhões de dólares para criar estratégias de marketing da aparência que faça seus produtos e serviços adquirirem alguma imagem predeterminada na mente dos indivíduos; disparando "gatilhos neurais" em nós, de modo que vemos um produto e logo nos vem a cabeça uma imagem de sofisticação, vemos outro produto e a imagem que nos surge é de exclusividade; adquirimos um serviço tentando comprar a imagem de status que ele possa nos oferecer; os profissionais da propaganda e do marketing chamam isso de "posicionamento de marca" e é uma das premissas fundamentais no negócio de qualquer grande empresa nos dias de hoje.

Por padrão fomos condicionados pela sociedade a ver apenas o que é colocado diante dos nossos olhos, assim a probabilidade de agirmos de acordo com algum impulso determinado se torna muito maior, porém, o outro lado dessa moeda é que ficamos completamente inclinados a cometer erros de percepção e julgamento; ou seja:

*Vemos um comercial e pensamos que determinado produto ou serviço vai transformar nossa vida ou aumentar nosso valor pessoal;
*Vemos um casal sorridente e logo concluímos que são felizes;
*Vemos pessoas ostentando bens materiais diversos e achamos que são ricos;
*Vemos indivíduos em cargos de comando e presumimos que são bem sucedidos;
*Ouvimos alguém que fala bem e o consideramos um sábio;
*Vemos líderes religiosos e supomos que são pessoas espirituais;
*Ouvimos promessas e acreditamos que serão honradas;
*Vemos qualquer um que seja considerado socialmente como um ícone de beleza, status, influência, riqueza, poder, etc... e instantaneamente consideramos que tais pessoas sejam realizadas, satisfeitas e que estejam vivendo em plenitude.

Da mesma forma, também somos enganados de maneira oposta; ou seja:

*Vemos pessoas dedicando-se a uma vida simples e pensamos que são pobres;
*Vemos alguém calmo(a) e achamos que é fraco(a);
*Ouvimos alguém que modera suas palavras e o consideramos um tolo;
*Vemos um individuo satisfeito com a própria vida e concluímos que é acomodado;
*Encontramos com alguém prudente e o rotulamos como medroso;
*Vemos alguém que pensa por si mesmo e dizemos que é um rebelde;
*Consideramos toda situação aparentemente favorável como boa e toda situação aparentemente desfavorável como algo ruim;
*Imaginamos que nossos sonhos são sempre o melhor para nós;
*Nos deparamos com pessoas que pensam diferente de nós e assumimos que eles estão todos errados.

Infelizmente em boa parte das vezes, essas deduções que fazemos está parcialmente, ou completamente, errada, simplesmente porque são baseadas apenas nas aparências, e como você já deve ter ouvido, as aparências enganam

Nós vemos as aparências que as pessoas e as situações nos mostram e engolimos as histórias, muitas vezes falsa, fantasiosas, embora verossímeis, que as imagens deles nos contam; mas isso é um erro extremamente infantil da nossa parte que geralmente nos leva a julgamentos totalmente equivocados e a tomada de decisões prejudiciais que acabam direcionando a nossa vida para uma espiral decadente de comparações com a vida dos outros, frustrações, insatisfações e todo tipo de sofrimento interno. O problema é que para todos os exemplos citados acima, assim como para vários outros semelhantes, o conjunto de imagens que tais pessoas projetam na sociedade não necessariamente corresponde à verdade que se esconde por detrás daquilo que eles, deliberadamente ou não, desejam esconder de nós, ou até deles mesmos; pois muitas vezes as pessoas só nos permitem ver pequenas partes de sua existência, ou seja, as simulações que eles fazem da própria vida, encenadas para nos induzir a vê-los de determinada maneira ou para nos fazer pensar e agir de um modo específico. 

De fato, muitos indivíduos (mais do que imaginamos) que projetam uma imagem social de sucesso, fama, poder, prestígio, status, realização, espiritualidade e felicidade, estão, na verdade, se debatendo profundamente contra uma legião de "fantasmas" interiores que os atormentam sem descanso. Tais "fantasmas" são a inquietação, a frustração, a insatisfação, a melancolia, a ansiedade, o medo, a depressão, a nostalgia, a ganância, a ambição, a megalomania, o fracasso, as expectativas exageradas, as fraquezas morais e muitas outras coisas semelhantes que permanecem sempre rondando e ferindo a mente e a vida de uma quantidade quase incontável de indivíduos, homens, mulheres; idosos, e até crianças, ao redor do planeta nos dias atuais. Isso sem falar que muitos indivíduos também têm tido de lidar com todo tipo de vícios que mantém devidamente escondidos sob as aparências de uma vida pessoal, familiar, profissional ou espiritual quase perfeita.

Nós também, dentro da nossa mente, criamos muitas imagens e aparências para o mundo e para as outras pessoas; imagens essas que são baseadas em estilhaços e retalhos de informações ou desinformação, assim como em nosso próprio egoísmo, vaidades, preconceito, paixões e uma infinidade de outros fatores que não nos permitem ver que as imagens que construímos interiormente são tão ilusórias quanto as que a própria sociedade projeta ao nosso redor. A image de tudo está sempre pregando peças em nós, sempre nos enganando, pois a distração se tornou o nosso "modus operandi", ou seja, o padrão mental da vida cotidiana; mas se queremos elevar nosso bem-estar pessoal, aumentar nossa satisfação e adquirir alguma sabedoria verdadeira na vida precisamos nos desvencilhar da grande armadilha que são as imagens das coisas, das pessoas e das circunstâncias. É importante, portanto, permanecermos conscientes e atentos para não enganarmos a nós mesmos criando e projetando imagens e aparências distorcidas nossas e de tudo o que nos rodeia, pois se fizermos isso acabaremos perdidos em meio a essas imagens difusas e confusas, acreditaremos nelas, e poderemos até perder a nossa noção de identidade própria, pessoal, profissional e, ou, espiritual.

Perceba como a armadilha das imagens podem criar grandes conflitos interiores e afetar nossa vida. Certa vez assisti a uma entrevista do ex-jogador de futebol Kaká onde ele dizia, resumidamente, mais ou menos o seguinte:

"Eu havia sido o melhor jogador de futebol do mundo e tinha sido contratado pelo Real Madrid, o maior clube de futebol do mundo, porém lá, todas as coisas que eu projetei deram errado, nada aconteceu como o planejado e em certo momento eu fiquei profundamente confuso sem saber quem eu realmente era, sem saber ao certo se eu era aquele jogador que tinha sido premiado como o melhor do mundo ou o jogador que não estava conseguindo me firmar..."

Naquela época Kaká não sabia, mas ele não era nenhum dos dois; jamais foi, aquelas duas imagens que o mundo do futebol tinham dele, e ele tinha de si mesmo (autoimagem), eram ilusões, ambas batalhando para tomar o controle completo da mente e da vida dele. Se ele acreditasse que ainda era o melhor jogador do mundo entraria em sofrimento porque os seus resultados no Real Madrid o contradiriam, e se ele acreditasse que não era mais um jogador de alto nível como já foi um dia, sofreria também, pois a imagem de fracasso profissional não é uma imagem que ninguém deseja para si mesmo. Aqui está uma das faces da armadilha das aparências, elas nos colocam em labirintos mentais, sem saída, que sempre nos levam para o mesmo lugar. O sofrimento.

Na verdade Kaká era essencialmente a mesma pessoa que sempre foi, um atleta exemplar e um profissional dedicado (profissionalmente falando); todo o resto (ser o melhor jogador do mundo ou um jogador que não conseguia dar o resultado esperado) eram apenas imagens projetadas pela sociedade sobre ele. Felizmente ele compreendeu isso e se reconectou com a sua essência, mas muitas pessoas perdem completamente a noção da própria identidade como indivíduo quando passam por um processo semelhante onde são bombardeados pelo mundo com inúmeras imagens internas e externas diferentes de si mesmos, de suas vidas, de seus sonhos, da realidade, etc... e não conseguem se desvencilhar das aparências, boas ou ruins, que essas imagens constroem. E quanto mais apegados a essas aparências maior o sofrimento que elas podem causar.

* Muitos jogadores de futebol, e outros atletas, com grande potencial acreditaram nas aparências e imagens que a sociedade colocou diante deles e tiveram suas carreiras seriamente afetadas, alguns até colocaram tudo a perder;
* Muitos astros da música e do cinema mundial se apegaram a imagem que a mídia tinha deles e experimentaram um verdadeiro caos em suas vidas;
* Muitos empreendedores não foram capazes de se desvencilhar da imagem que seus sonhos sociais exercem sobre eles e acabaram enfrentando turbulências econômicas, trabalhistas, e até falência;
* Quantas pessoas acreditam nas imagens que o medo mostra para elas de que não são capazes de realizar algo e passam a vida sem ir em busca do que sabem que lhes fará bem;
* Quantas pessoas enxergam a si mesmos(as) como fracos(as), fracassados(as), feios(as), inadequados(as); mas nada disso é verdade, todas essas coisas são apenas imagens mentais que algo, ou alguém, colocou diante de tais pessoas, e elas, por falta de entendimento, não são capazes de olhar além das imagens para encontrar a essência das coisas e delas mesmas.   

E por que saber isso é importante para nós?

Porque ao compreendermos que grande parte, a maioria absoluta, das coisas que estão diante dos nossos "olhos" não correspondem a verdade, inclusive aquelas que muitas vezes nós concebemos sobre nós mesmos, mas são apenas uma realidade distorcida, uma ilusão que os indivíduos criam para sua própria autopromoção ou para seu auto-sofrimento; despertamos uma consciência com mais clareza sobre o que é real e o que não é, tanto na nossa própria vida quanto na das pessoas que estão ao nosso redor; é como se estivéssemos acordando de um sono profundo, hipnótico, no qual estivemos durante toda a nossa vida.

Ao começarmos a cultivar essa iluminação(clareza) mental, passamos a não basear nem apoiar mais nossos pensamentos, sentimentos, emoções, intenções, percepções, palavras e ações, na aparência das pessoas, das coisas ou das circunstâncias; dessa forma desarmamos a armadilha das aparências e nossa mente, nosso coração e nossa vida se tornam livres, independentes, de qualquer imagem interna ou externa a nós; esse é o momento em que começamos a experimentar a verdadeira vida que há por detrás dessa enorme simulação social, pois paramos de ver com a visão e começamos a olhar com a nossa consciência; assim sendo, nossos olhos passam a ver claramente apenas a essência de tudo o que nos cerca, sejam pessoas, imagens sociais, situações, a realidade e até mesmo da nossa própria existência. 

Há uma ilustração que sempre me vem a cabeça quando falo sobre esse assunto e que gosto de usar para exemplificar mais ou menos como acontece quando despertamos e paramos de nos apoiar na imagem e nas aparências de tudo para começar a ver o coração, a essência, das coisas, das pessoas, das circunstâncias e da própria realidade. No filme Matrix de 1999 há uma cena na qual o protagonista, Neo, interpretado por Keanu Reeves, é perseguido e emboscado por três agentes, em um corredor de um prédio antigo; ele recebe um ferimento mortal, mas um milagre acontece, ele não morre, ao invés disso desperta completamente e começa a enxergar além das imagens da simulação, a falsa realidade chamada de matrix, ele começa a ver o código binário, a essência, por trás de tudo, do lugar onde está, daqueles que o perseguem, e até dele mesmo. Aquele é o momento em que ele percebe realmente ser o escolhido e começa finalmente a agir como tal.

E o que isso significa na prática?

Significa que quando nos desvencilhamos das aparências de tudo ao nosso redor e em nós, (paramos de ser guiados, controlados e oprimidos por elas), passamos a entender, por exemplo que: Sorrisos não significam necessariamente alegria e lágrimas não significam necessariamente tristeza; falhas não significam necessariamente derrotas, mas sim aprendizado; vitórias não significam necessariamente triunfos; dor não significa necessariamente sofrimento. Semelhantemente, fama não significa necessariamente sucesso; sucesso não significa necessariamente dinheiro; dinheiro não significa necessariamente satisfação. Assim como também; felicidade não significa ostentação; ostentação não significa realização; realização não significa abundância; abundância não significa exagero; exagero não significa fé. Em resumo: As aparências não significam a verdade e os nossos pensamentos, sentimentos e emoções gerados por essas aparências não correspondem a realidade. Ver a essência e não as aparências é ter a mente livre.

Assim percebemos também que nossos pensamentos não somos nós, mas sim apenas uma parte de nós, de modo que com esse entendimento nos damos conta de que podemos  nos erguer acima de nossos próprios pensamentos e deixamos de ser atormentados, ludibriados, controlados ou incomodados por eles. Deixamos de adotar e usar os rótulos visuais (sociais) que eles nos sugerem.  

Jamais conseguiremos ser sábios e alcançar um bem-estar sustentável e perene para nossa vida se olharmos a nós mesmo, as outras pessoas, todas as coisas que estão ao nosso redor, e as situações que ocorrem conosco, através da ótica da sociedade. Para nos conectarmos com, e sermos capazes de desempenhar, nosso verdadeiro potencial na vida precisaremos olhar a nós mesmos, as outras pessoas, a realidade e todas as coisas que nos rodeiam na sociedade, sob uma nova perspectiva; abandonamos então a aparência e as imagens para nos concentrar na essência.

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